O Brasil atravessa há alguns anos um ambiente de instabilidade, e o volume de inadimplentes vem aumentando, chegando hoje aos 62 milhões de endividados. Tendo em conta este cenário, adotar ações para minimizar o risco de clientes inadimplentes é essencial para manter a saúde financeira das organizações. e aqui entra a PDD.
A Provisão de Devedores Duvidosos (PDD) é uma estratégia que pode ser utilizada contra os riscos de estratégias de persuasão mais ousadas, porém necessárias, como as vendas a prazo.
Interessante para ampliar o público consumidor em potencial por oferecer condições de pagamentos mais atrativas, a venda a prazo também representa exposição maior ao risco.
Apesar de possibilitar a aplicação de valores mais palatáveis ao bolso dos clientes, sua duração estendida de pagamento também dilata o tempo para o despontar de imprevistos.
Quer conhecer mais sobre o PDD? Acompanhe nosso artigo sobre o tema!
O que é PDD?
Uma Provisão de Devedores Duvidosos é uma reserva contábil organizada pela empresa para cobrir eventuais desfalques gerados pela inadimplência.
A PDD também é conhecida como Perdas Estimadas em Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD) e Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD).
Para se chegar à soma de um “colchão” confortável e seguro para sustentar a empresa em momentos delicados, é feita uma estimativa de clientes inadimplentes com base em cálculos.
Calculando a Provisão de Devedores Duvidosos
Existem diferentes métodos de cálculo para se chegar ao número que garanta segurança sobre as contas a se receber no futuro.
Um deles é analisar o histórico de compras e faturamento de cada devedor.
Porém, esse método pode ser muito moroso se sua empresa tiver muitos clientes.
Uma forma menos trabalhosa é aplicar um percentual sobre o saldo a ser recebido baseando-se na média praticada pelo mercado e validade, em geral, por uma empresa de auditoria.
No entanto, um dos métodos mais recomendados é calcular a média sobre as perdas ocorridas dos anos pregressos, considerando principalmente os débitos perdidos em definitivo.
Exemplo prático do uso da PDD
Suponha que uma empresa estima vender, em um ano, R$100 mil em seu plano orçamentário. Contudo, como há o risco de inadimplência, planeja-se uma PDD com base nos prejuízos de anos anteriores. Chega-se, portanto, ao cálculo de 10% do lucro estimado.
Com esses números, o balancete deverá ser preenchido da seguinte forma:
- Cem mil reais de expectativa de faturamento;
- Provisão de Devedores Duvidosos: 10% do lucro estimado.
Considere, entretanto, que se trabalha com expectativas. Elas podem não se concretizar; tanto o lucro como a inadimplência. Deve-se, então, registrar no balanço o que ocorreu de fato.
Os benefícios da PDD
Segurança, estabilidade, gestão financeira mais eficiente. São diversas as vantagens da adoção dessa prática nas contas do seu negócio. Veja mais detalhes nos tópicos abaixo.
Contenção de danos
A PDD é um instrumento para absorver os impactos da inadimplência sobre a atividade do negócio. Permite que o gestor tenha mais tempo para melhorar sua gestão de cobrança e reduzir os prejuízos derivados de negociações que culminaram em débitos não saldados.
Precisão no fluxo de caixa
O fluxo de caixa calcula e projeta todos os pagamentos e recebíveis de uma empresa em determinado período. Esse controle é importante para evitar surpresas na hora de acertar as contas inerentes a qualquer atividade comercial, como pagamentos de salários, despesas com manutenção etc.
Com o cálculo de possíveis gastos para cobrir a falta de pagamento de alguns credores, diminui-se o risco de desfalques imprevistos na conta do fluxo de caixa.
Mais segurança para ousar
Lembrando que contar com a PDD permite ousar nas estratégias de vendas com mais segurança, sendo o pagamento a prazos longínquos uma das principais possibilidades, ainda levando em conta o risco assumido.
Como são classificadas as dívidas que fundamentam a PDD?
As dívidas que se apresentam como principal indicador para calcular e justificar a PDD são aquelas em que não há mais esperança de serem um dia quitadas.
Classificam-se esses inadimplentes como devedores insolúveis. Esse grupo inclui os devedores mal-intencionados desde o princípio, mas também inclui os casos de clientes que enfrentaram perdas calamitosas por imprevistos impensáveis.
As auditorias, em seus processos de análise da PDD, em geral sugerem que a empresa formalize seu processo de apuração da PDD, a medida em que a pendência evolui com o passar do tempo, por exemplo, se uma dívida atinge 120 dias do seu vencimento, calculamos 25% de PDD sobre o Contas a Receber, até 180 dias 50% e acima de 180 dias 100% da dívida. Desta forma, as auditorias entendem que uma dívida acima de 180 dias já deve ser considerada como perdida em seu Contas a Receber.
PDD e os impactos na gestão de cobrança
A PDD não reduz a inadimplência. Reduz os impactos negativos da falta de pagamentos previstos sobre os números contábeis do negócio.
Contudo, é uma ferramenta útil para a gestão de cobrança. O cálculo dos prejuízos gerados por dívidas de clientes ajuda o gestor a estabelecer metas de produtividade para diminuir esses gastos e fixar um teto para não ser ultrapassado.
Recorrer ou dispensar o uso da PDD é um indicativo do progresso, ou do retrocesso, da eficiência do setor.
A meta fixada por essa medida estimula um trabalho mais criterioso de análise para concessão de crédito, incentiva o recebimento de pagamentos à vista ou com cartão de crédito, entre outras medidas.
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Régua de cobrança
Através da régua de cobrança o gestor poderá automatizar envios de mensagens de cobrança e pós-acordos aos seus clientes por e-mail, SMS e outras formas de comunicação.
Negativação
O sistema é integrado aos principais órgãos de proteção ao crédito, como Serasa, Boa Vista (SCPC) e SPC.
O gestor tem condições de configurar o envio de dívidas diretamente para negativação ou positivação.
Inadimplentes por faixa de preço
Em poucos cliques, de forma prática e rápida, tem-se acesso a relatórios detalhados dividindo os devedores por faixa de preço e tempo.
Campanha Flex
Recurso que habilita o gestor a oferecer condições de pagamentos especiais, de forma automatizada, pelos principais meios de comunicação.
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