Orçamento: 8 dicas para organizar as finanças em 2017

Orçamento: 8 dicas para organizar as finanças em 2017

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor de 2016, da Confederação Nacional de Comércio, 58,5% das famílias brasileiras estão endividadas. Isso significa que mais da metade da população brasileira está com gastos maiores que seu orçamento. O tempo médio de atraso nos pagamentos é de 63 dias e as famílias comprometem cerca de 7 meses de sua renda com dívidas. As principais fontes de dívidas os juros de cartão de crédito, cheque-especial, financiamentos (principalmente de veículos) e seguro de automóvel. Confira abaixo dicas para organizar seu orçamento e se livrar das dívidas em 2017.

1 – Organize suas prioridades

Mudar de casa, trocar de carro, fazer uma viagem, tudo isso compromete boa parte do orçamento. E, se o seu orçamento não está organizado, tudo isso pode se tornar uma bola de neve. Estabeleça suas prioridades, calcule os prazos que será preciso para alcançá-las. Não assuma por impulso uma grande dívida e comece a poupar no intuito de realizar tal objetivo. Com uma meta clara fica mais fácil entender o que é preciso para chegar lá.

2 – Adeque seus gastos ao seu orçamento e não o contrário

Um dos maiores problemas das pessoas endividadas é não saber apertar o cinto. Avalie seus gastos e veja onde é possível fazer cortes e reduções. Por exemplo: alimentação tem um alto custo. Talvez seja a hora de reduzir a frequência de deliveries e experimentar cozinhar mais. Ao invés de ir ao bar todo final de semana, reúna os amigos em casa no esquema “cada um leva uma coisa”. O custo é consideravelmente menor e a diversão em turma é a mesma. Se você paga a academia e não vai fazer exercícios, corte o pacote. Ou se você paga e vai, verifique com a academia se há algum programa de descontos ou reduções no valor da mensalidade.

3 – Crédito não faz parte da sua renda

O cartão de crédito e o cheque-especial são perigosos se você é o tipo de pessoa que perde o controle e o limite. Se você trabalha para pagar o rotativo do cartão e não consegue cobrir o cheque-especial, alguma coisa errada tem aí. Uma forma de se desprender dessas amarras é cancelar seu cheque-especial. A princípio vai ser doloroso, mas muito melhor a longo prazo. Outra sugestão é fazer um acordo com a operadora de cartão de crédito e quitar sua dívida. Aprenda a manter um cartão de crédito para uso emergencial e esporádico e a manter o valor da fatura sempre dentro do seu orçamento. Os juros de refinanciamento são sempre muito altos e é assim que a dívida de cartão fica tão extensa e dolorosa.

4 – Tenha um organizador financeiro

Seja um app de celular, uma planilha de Excel, ou uma agenda em que você registra seus gastos. Visualizar para onde o seu dinheiro está indo faz com que você pense duas vezes antes de gastar compulsivamente. É mais fácil entender e controlar seu dinheiro se você vê para onde ele está indo. Escolha o melhor método para você e organizar o seu orçam. Lembre-se que, qualquer que seja o meio escolhido, é necessário que você faça um balanço semanal de seus gastos e inclua-os em seu organizador financeiro. O ideal é a inclusão diária, mas isso vai da sua disciplina.

5 – Pratique esportes

Prática de esportes aumenta os níveis de endorfina, ocitocina, serotonina e dopamina no organismo, hormônios diretamente ligados ao bem-estar e a felicidade. Sabe o que mais faz os níveis desses hormônios subir? Fazer compras (principalmente compras de coisas que você gosta, como livros, roupas, sapatos e afins). Substitua os gastos supérfluos por uma caminhada, um jogo de futebol (ou seu esporte preferido), uma luta ou algum outro esporte que seja do seu agrado. Sua saúde e sua carteira agradecem.

6 – Aprenda a poupar

Não adianta prometer para si mesmo que o que sobrar no final do mês irá para a poupança, principalmente se tudo o que sobra do seu salário após o pagamento das contas são os dias que faltam para o próximo dia de pagamento. O ideal é poupar pelo menos 10% de seu salário assim que ele cai na sua conta. O importante é que você comece com qualquer valor. E se você é aquele tipo de pessoa que ataca a poupança sempre, escolha um tipo diferente de investimento. Vá ao seu banco e converse com seu gerente sobre os tipos de investimento que ele tem disponível para o valor que você pode investir mensalmente e escolha o investimento mais adequado para o seu perfil. Normalmente os bancos oferecem opções de investimento a médio prazo com rendimentos maiores que os da poupança comum.

7 – Fique atento aos gastos que podem ser substituídos

Você mora muito longe do seu local de trabalho e acaba tendo muitos gastos com deslocamento, combustível e manutenção de carro? Que tal vender o carro e se mudar para uma região mais próxima de seu escritório? Você ganha em economia financeira e em qualidade de vida. A mesma coisa vale para outros tipos de dívida. Se você tem uma dívida alta de cartão de crédito e a negociação com a sua operadora de crédito não é possível, verifique a possibilidade de substituir essa dívida por outra mais barata.  Estude fazer um empréstimo pessoal, cujos juros são mais baixos, e quite a dívida de cartão.

8 – Exercite sua disciplina

Manter sua saúde financeira exige tanta disciplina quanto seguir uma dieta. Organização financeira exige que você continue praticando o planejamento e a previdência. Se assim que você se vê com as contas no azul você voltar a utilizar seu dinheiro sem freios é muito provável que você volte a se endividar. A mesma coisa com a dieta. Se você atinge o seu peso ideal e, depois disso, perde suas regras de alimentação e exercícios, é muito provável que você volte a engordar. Seja disciplinado com suas escolhas.

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